sexta-feira, 8 de outubro de 2010

CHEGA! VOU VOTAR NO SERRA, ASSIM ESTÁ DILMAIS.

(Publicado por Marco Paulo Valeriano de Brito em 24 setembro 2010 às 14:19 em Economia política- http://blogln.ning.com/forum/topics/chega-vou-votar-no-serra-assim)


Desculpem amigos, vou votar no SERRA. 
“Cansei…Basta”! Vou votar no Serra, do PSDB. 

Cansei de ir ao supermercado e encontrá-lo cheio. O alimento está barato demais. O salário dos pobres aumentou, e qualquer um agora se mete a comprar, carne, queijo, presunto, hambúrguer e iogurte. 
Cansei dos bares e restaurantes lotados nos fins de semana. Se sobra algum, a gentalha toda vai para a noite. Cansei dessa demagogia. 

Cansei de ir em Shopping e ver a pobreza comprando e desfilando com seus celulares. 

O governo reduziu os impostos para os computadores. A Internet virou coisa de qualquer um. Pode? Até o filho da manicure, pedreiro, catador de papel, agora navega… 

Cansei dos estacionamentos sem vaga. Com essa coisa de juro a juro baixo, todo mundo tem carro, até a minha empregada. ” É uma vergonha! “, como dizia o Boris Casoy. Com o Serra os congestionamentos vão acabar, porque como em S.Paulo, vai instalar postos de pedágio nas estradas brasileiras a cada 35 km e cobrar caro. 

Cansei da moda banalizada. Agora, qualquer um pode botar uma confecção. Tem até crédito oferecido pelo governo. O que era exclusivo da Oscar Freire, agora, se vende até no camelô da 25 de Março e no Braz. 

Vergonha, vergonha, vergonha… 

Cansei de ir em banco e ver aquela fila de idosos no Caixa Preferencial, todos trabalhando de office-boys. 

Cansei dessa coisa de biodiesel, de agricultura familiar. O caseiro do meu sítio agora virou “empreendedor” no Nordeste. Pode? Cansei dessa coisa assistencialista de Bolsa Família. Esse dinheiro poderia ser utilizado para abater a dívida dos empresários de comunicação (Globo,SBT,Band, RedeTV, CNT, Fôlha SP, Estadão, etc.). A coitada da “Veja” passando dificuldade e esse governo alimentando gabiru em Pernambuco. É o fim do mundo. 

Cansei dessa história de PROUNI, que botou esses tipinhos, sem berço, na universidade. Até índio, agora, vira médico e advogado. É um desrespeito… Meus filhos, que foram bem criados, precisam conviver e competir com essa raça. 

Cansei dessa história de Luz para Todos. Os capiaus, agora, vão assistir TV até tarde. E, lógico, vão acordar ao meio-dia. Quem vai cuidar da lavoura do Brasil? Diga aí, seu Lula… 

Cansei dessa história de facilitar a construção e a compra da casa própria (73% da população, hoje, tem casa própria, segundo pesquisas recentes do IBGE). E os coitados que vivem de cobrar aluguéis? O que será deles? Cansei dessa palhaçada da desvalorização do dólar. Agora, qualquer um tem MP3, celular e câmera digital. Qualquer umazinha, aqui do prédio, vai passar férias no Exterior. É o fim… 

Vou votar no Serra. Cansei, vou votar no Serra, porque quero de volta as emoções fortes do governo de FHC, quero investir no dólar em disparada e aproveitar a inflação. Investir em ações de Estatais quase de graça e vender com altos lucros. Chega dessa baboseria politicamente correta, dessa hipocrisia de cooperação. O motor da vida é a disputa, o risco… Quem pode, pode, quem não pode, se sacode. Tenho culpa eu, se meu pai era mais esperto que os outros para ganhar dinheiro comprando ações de Estatais quase de graça? Eles que vão trabalhar, vagabundos, porque no capitalismo vence quem tem mais competência. É o único jeito de organizar a sociedade, de mostrar quem é superior e quem é inferior. 

Eu ia anular, mas cansei. Basta! Vou votar no SERRA. Quero ver essa gentalha no lugar que lhe é devido. “Quero minha felicidade de volta.” Estou com muito MEDO. Chega! Assim está DILMAIS.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

SERRA QUER TODO MUNDO DE VOLTA PRO ARMÁRIO!

" Vice diz que Serra vai ser contra direitos dos gays"
Era só o que nos faltava! Leia reportagem em O Dia online:

vice diz que serra será contra direitos gays


PQP... quando vc achava q o cara já tinha ido o q dava pra direita, ele consegue entornar ainda mais o caldo, jogando mais  água pra fora da bacia...





terça-feira, 5 de outubro de 2010

LAERTE, genial como sempre! ...

Quando Tiririca é legião - Por Muniz Sodré em 5/10/2010

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=610JDB002 )


O "caso Tiririca", fartamente discutido na mídia e em rodas de opinião, merece alguma reflexão, não apenas quanto à bizarrice dos comportamentos eleitorais, mas também sobre como raciocinam as elites, repercutidas em última análise pelo senso comum e pela imprensa.
Para começar, um comentário que nos aconteceu fazer em resposta à demanda de um repórter (O Globo, 26/9). É de hábito, nesse tipo de abordagem telefônica, que o entrevistado fale muito, na expectativa de uma plena explicação impressa do que disse. O publicado foi apenas uma pílula explicativa, mas fiel em sua curteza: aventamos a hipótese de um ativo lado estético nessa manifestação de preferência política chamada voto.
A rigor, o fenômeno estético começa desde as táticas propagandísticas dos candidatos a postos eletivos, na medida em que legitimam o seu pleito por marketing ou por interpelações afetivas. Nos dois casos se aciona o emprego racionalista do afeto por meio da retórica, isto é, pela arte da expressão e da persuasão empregada como técnica política, graças a seus efeitos de instrumentalização e controle dos discursos. A retórica serve para convencer, no sentido racionalista do termo, e para agradar ou adular, o que dá a medida de seu escopo afetivo ou irracional. Em linhas gerais, serve para comunicar ideias e emoções, produzindo sensações.
Baixaria e trivialidade
A retórica e, portanto, a estética, sempre esteve presente no âmago do fenômeno político, embora em graus diversos de intensidade. Não raro, a distância temporal permite-nos ver que usuários da retórica política no passado, tidos como sujeitos de "extraordinários" dotes oratórios, parecem-nos hoje simplesmente grotescos. Hitler, por exemplo: nada de realmente excepcional em seus discursos, hoje analisados em filmes e gravações, exceto o fato de que o orador constituía uma espécie de "canal sinergético" para as massas alemãs ávidas por um líder que as resgatasse das históricas humilhações militares e econômicas. Ao modo de um pregador religioso fanático, o führer dizia o que a multidão queria escutar.
Ou então, ao modo (soft) da mídia. É justamente um filósofo alemão, Peter Sloterdijk, quem enxerga na identificação do público alemão com o führer algo semelhante à da audiência com a sua mídia, a tal ponto que um termo entra em curto-circuito com o outro, bloqueando quaisquer funções críticas. Diz ele: "O segredo do führer de antes e dos astros de hoje consiste no fato de que são semelhantes a seus mais apáticos admiradores. (...) Ele possuía, quando desejava, a ordem imperativa da baixaria. Não entrou em campo em função de algo extraordinário, e sim, por sua inequívoca grossura e pela manifestação de sua trivialidade."
É óbvio que a conjuntura histórica da Alemanha hitlerista não tem nada a ver com o funcionamento das tecno-democracias de hoje, seja na Europa ou nas Américas, mesmo nos casos de conhecidas tentações caudilhescas. Mas a baixaria e a trivialidade continuam exercendo papéis centrais na semiose (processo geral de comunicação) midiática, assim como em outros processos de multidão acionados pela retórica, como acontece em campanhas eleitorais.
O desvio da normalização político-eleitoral
Faz-se cada vez mais presente o grotesco, entendido como categoria estética que dá conta do riso nos fenômenos de fronteira entre o que consensualmente se define como o "normalizado" e o desregramento civilizatório, ou então entre o humano e inumano. Ao repórter do Globo, referimo-nos à oposição entre a estética "da cintura para cima" – que caracteriza os comportamentos normalizados e potencialmente sublimes – e a estética "da cintura para baixo", relativa ao humus da terra, portanto, ao humilde, ao popularesco ou ao que se presta ao fácil entendimento.
A principal figura de retórica pertinente a essa estética é o bathos, que implica o rebaixamento de uma estrutura qualquer com vistas à sua maior comunicabilidade. Não se trata de um preconceito culturalista, como se a "alta cultura" estivesse olhando de cima para baixo a cultura popular. O rebaixamento é a figura retórica da facilitação. Cujo exagero constituiu um recurso importante na formação do público de massa da televisão brasileira e continua a funcionar, aqui e no exterior, como fator de aglutinação de audiências. Um público enorme é inequivocamente parceiro dessebathos de duvidosas intenções.
Mas há uma grande dose de hipocrisia no interesse da mídia e de grandes frações de público pela figura do candidato Tiririca. Em princípio, o riso contrafeito resultaria dos tiques grotescos do personagem detectáveis em atitudes e frases (do tipo "Tiririca, pior do que está não fica"). O riso dos "cultos" seria uma espécie de auto-vacina contra o presumido desvio da normalização político-eleitoral.
O riso do grotesco
O grotesco é quase sempre, porém, um "arranhão" na crosta dos protocolos sociais, é uma visão incômoda do abismo das aparências superficiais. De fato, pode ser muito incômodo tomar consciência de que, em zonas de sombra do que vimos chamando de "espaço público", o máximo de "democracia" pode ser aquilatado pelo mínimo de qualificação humana, como tem demonstrado o Big Brother Brasil: o indivíduo sem nenhuma qualidade social é a estrela do show, é como se a palavra boçalidade precisasse de três "bês" (BBB) para ser grafada.
Não raro, a poesia expõe esse tipo de incômodo melhor do que a prosa de argumentos, a exemplo do excelente poeta mineiro Ricardo Aleixo, que indaga: "O que faz de um humano, humano? (...) Os sonhos dos políticos são da mesma matéria de que são feitos os sonhos dos humanos?"
Por isso se observa uma difusa tensão, nada engraçada, decorrente da suspeita, não claramente enunciada, de que se possam contar às centenas os casos tipificados como "grotescos" no panorama eleitoral. Age-se como se Tiririca fosse único, como se fosse um grande "outro". No entanto, à frente (na televisão), nos lados (nos cartazes de rua), no corpo-a-corpo de candidatos, o grotesco espreita, apenas travestido de uma retórica escolarizada, com sujeito, verbo e predicado – equivalentes gramaticais do paletó e gravata.
Aqui, com todo o rigor desse traje, o cara-de-pau ainda embaraçado nas malhas da Justiça anuncia-se como "ficha limpa"; ali, o candidato a deputado expõe o seu programa: "Nós é jeca, mas é jóia"; acolá, a candidata ao governo se atrapalha: "Temos que defender essa corrupção".
O riso do grotesco é sempre nervoso. O risco é nos darmos conta, como agora, de que Tiririca é legião.

Ciro solta o verbo e mostra um pouco do que foram os 8 anos neoliberais no Brasil... em 09/09/2009

Um bom video em que certos "feitos" da octaetéride tucano-fernandista são trazidos à baila...

Ciro fala e justifica os motivos dele não querer que Serra e FHC voltem ao poder no Executivo Federal

Editorial da BBC do dia 04/10/2010

Essa é uma bela análise, o editorial da BBC de ontem. ISSO é imprensa! aponta os prós e contras dos 2 lados. Cabe a vc tomar uma decisão baseado nos seus valores. Sensacional!

A ex-companheira de Lula acabou mesmo brilhando. Marina Silva tornou-se o elemento surpresa do primeiro turno da eleição presidencial e atrapalhou os planos do seu ex-colega de ativismo e partido. Ao perder a ministra Marina dois anos atrás, Luiz Inácio Lula da Silva deve ter pensado: "Paciência..."...